Registros de armas despencam no país

  BRASIL (Ilustração: Maura Losch) Logo no  dia #1  do novo mandato, Lula assinou sua primeira medida como presidente:  restringir o uso de ...

 

BRASIL

(Ilustração: Maura Losch)

Logo no dia #1 do novo mandato, Lula assinou sua primeira medida como presidente: restringir o uso de armas no Brasil.

Um ano depois, os efeitos do decreto já podem ser sentidos, já que o número de novas armas registradas no país caiu 82% entre 2022 e 2023 — 114 mil X 21 mil.

Essa é a menor quantidade de novos armamentos entre os brasileiros desde 2004, e a própria PF reconhece que a campanha de Lula contra as armas explica a queda significativa.

Como era: O armamento da população era uma das principais bandeiras de Bolsonaro e, no governo anterior, o acesso legal às armas foi flexibilizado com maiores limites para compras e diminuição de impostos. Como ficou: Lula quase dobrou (29% → 55%) o imposto sobre os artefatos. Ele também diminuiu de 4 para 2 a quantidade de armas para civis e de 200 para 50 as munições por arma.

Cidadãos passaram a ter que comprovar a “efetiva necessidade” para terem posse — o que não acontecia antes. O Exército também estava proibido de autorizar registros para caçadores, atiradores e colecionadores desde janeiro.

E o que aconteceu com isso?

Antes de falarmos sobre os dados da violência, é importante dizer que é díficil de cravar que exista causalidade direta e única entre esses dois fatores — estatísticos sabem do que estamos falando.

By the numbers: Os crimes violentos com morte caíram 5,7% entre 2022 e 2023, período em que as armas diminuíram. A letalidade no Brasil está em queda desde 2018 — inclusive no governo Bolsonaro, quando o registro de armas bateu recorde.