O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal retome as investigações sobre a suposta ...
O ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal retome
as investigações sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) na instituição. Na decisão, o ministro determina a prorrogação do
inquérito por 90 dias, contando a partir de 27 de julho. Moraes argumentou que
não há motivo para suspensão da tramitação, anteriormente definida pelo então
ministro Marco Aurélio Mello, aposentado no início do mês.
As investigações foram
interrompidas enquanto o Supremo decidia sobre a obrigatoriedade e formato do
depoimento de Jair Bolsonaro (sem partido), por escrito ou presencial
O ministro destacou que há
diligências pendentes e que podem ser cumpridas independentemente da definição
aguardada. A decisão está prevista para 29 de setembro. "Assim, determino
a imediata retomada da regular tramitação deste inquérito", escreveu.
O inquérito foi aberto em abril
de 2020 a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) após declarações
feitas por Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, quando
deixou o governo. À época, Moro afirmou que Jair Bolsonaro (sem partido) agiu para interferir
politicamente no comando da PF e disse que esse foi um dos principais motivos
para o seu pedido de demissão
O ex-juiz da operação Lava Jato
também acusou Jair Bolsonaro (sem partido) de tentar ter acesso a investigações sigilosas do
órgão. Ele disse, ainda, que não autorizou o uso de sua assinatura eletrônica
que apareceu no decreto de exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo.
O presidente negou as acusações.
O inquérito busca apurar se Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu os crimes de falsidade
ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa,
prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação
caluniosa e crime contra a honra.
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